Observando-se a produção de conhecimentos científicos no Brasil hodierno, constata-se que a mesma é extremamente exígua, até mesmo pelo pequeno número de cientistas realmente produtivos. Além disso, nota-se que essa produção está restrita a um pequeno número de instituições, constituindo grupos fechados que monopolizam a área, bem como conseguem carrear para seus projetos todos os parcos recursos financeiros destinados, pelo governo, à pesquisa. As instituições que mais produzem e, portanto, exercem esse domínio são as instituições estatais. As instituições particulares, por serem, em sua maioria, bastante recentes ainda não possuem setores de pesquisa bem estruturados e produtivos. Também, tendo em vista as dificuldades de acesso às verbas públicas, quase sempre financiam, às próprias custas, o pouco que conseguem produzir. Apesar do maior contingente de estudantes do terceiro grau encontrar-se nas instituições particulares, estas ainda deparam-se com grandes dificuldades para produzir cientificamente. Uma das frustrações dos raros pesquisadores das instituições particulares, é a impossibilidade de verem publicado ou divulgado, o pouco que conseguem produzir, fato ligado à escassez de meios para isso. Uma constatação inquestionável é, sem dúvida, no contexto das universidades particulares, a grande carência de publicações científicas, "workshops", simpósios, congressos, etc, não só para atender a essa demanda, mas também para estimular os professores a produzirem. Diante desse quadro, ao idealizar o Centro Integrado de Pesquisa, foi planejada alguma estratégia, criando alguns instrumentos internos, visando sanar essas deficiências de publicações e divulgação da produção intelectual.
Ao procedermos a uma avaliação das publicações de caráter científico e cultural editadas, tanto pelas instituições estatais como pelas particulares, verifica-se a existência de um número inexpressivo frente às reais necessidades da realidade brasileira. Além disso, por vezes, essas publicações apresentam inúmeras deficiências técnicas e pobreza de conteúdo: reflexos inequívocos do predomínio da ausência de uma mentalidade científica. Essas deficiências conduzem a um círculo vicioso negativo, de forma que a escassez dessas publicações, que viabilizariam a divulgação do conhecimento científico e cultural produzidos, na maioria das vezes, impossibilitam o autor de ver o seu trabalho publicado e, consequentemente, divulgado. Por outro lado, os produtores desses conhecimentos, por terem consciência da exiguidade desses veículos de divulgação, bem como das dificuldades que encontrarão para verem seus trabalhos publicados, ficam desmotivados a continuarem produzindo, posto que, na sua maioria, os trabalhos não terão utilidade.
Consciente dessas deficiências, o Centro Integrado de Pesquisa do Centro Universitário Central Paulista - UNICEP vem, desde sua criação, concentrando esforços no sentido de:
A Multiciência - publicação oficial do Centro Universitário Central Paulista (UNICEP) - publica trabalhos inéditos de autores do UNICEP e de outras instituições nacionais ou internacionais na forma de artigos originais ou artigos convidados. Os trabalhos são analisados por membros do Conselho Editorial, que podem aprová-los ou não, sugerindo, ainda, alterações caso julgarem necessárias. Desse modo, a aceitação dos trabalhos depende do atendimento às normas da revista e de julgamento feito pelo Conselho Editorial.
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